O apóstolo Jair de Oliveira, nasceu na cidade de Campo de Meio – MG, em 1952. Filho de João Fagundes de Oliveira e Edivirges Bandon de Oliveira, é o quarto filho de seis irmãos. Casado com Maria das Graças Diniz de Oliveira Tem quatro filhas, Raquel, Keila Ana Paula e Priscila. Os genros pastores Marcio e Alexandres e cinco netos.

Conversão

Se converteu ao Senhor Jesus em 1969 na Igreja Casa da Bênção, dirigida à época pelo missionário João Batista. Sua irmã Maria Regina, tinha um caroço no braço e visitou a Igreja Casa da Bênção, que ficava a uma quadra de sua residência simples, humilde em que morava em Campo do Meio. Maria Regina foi curada e impactada pelo poder de Deus, ao chegar em casa falou de sua alegria e o que Deus havia feito e o jovem Jair foi até essa igreja para ver o que era aquilo que acontecia na igreja.

Quando ele chegou na igreja, ela estava superlotada. Eram mais de mil pessoas, quando o missionário João Batista começou a orar muitas pessoas caíram endemoninhadas, muita gente estava sendo curada e havia um grande número de testemunhos de milagres. O missionário pregou o texto de São João 8:32, que diz “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Ao ouvir essas palavras o jovem Jair de Oliveira de 16 anos recebeu dois chamados, como ele mesmo gosta de narrar; o chamado para a salvação e o chamado para o ministério.

Seus primeiros passos na igreja foi trabalhando como diácono, abria a igreja, varria, arrumava as cadeiras, ajudava na ordem do culto, auxiliava o missionário João Batista, era um servo do servo de Deus, sempre com muito zelo, amor e carinho pela obra de Deus.

Varginha

Um ano depois mudou-se para Varginha (MG), auxiliando o missionário João Batista para a abertura da Casa da Bênção naquela cidade. A cidade foi abalada pelo poder de Deus. E o Senhor marcou a vida do jovem obreiro com uma experiência inesquecível. Num domingo à tarde, após o culto, a polícia chegou à igreja e levou preso o missionário e também o Jair, sob a acusação de estarem pregando o evangelho, curando os doentes, libertando os cativos das obras malignas.

Naquela época, principalmente no interior, quando uma igreja evangélica usada por Deus impactava uma cidade, os representantes da igreja católica pressionavam as autoridades locais que agiam de forma arbitrária. Jair de Oliveira, então com dezessete anos, ou seja, menor de idade, ficou preso 11 dias, sendo que 4 deles no cárcere, e os demais numa sala. Quanto ao missionário João Batista, ficou preso dois meses.

Ao final dos 11 dias o juiz mandou chamar o senhor João Fagundes, pai de Jair, que morava em Três Pontas. E nessa audiência o juiz de forma insolente atacou o senhor João, um homem idoso, trabalhador simples, foi atacado violentamente nessa audiência. Dentre as muitas coisas horríveis que presenciou a que mais ficou gravada foi quando o juiz disse ao seu pai que ele era irresponsável em deixar o seu filho acompanhar o “curandeiro” e acrescentou: seu filho vai acabar apodrecendo no fundo da cadeia se você deixar ele com esse “tipo de gente”. O juiz distratou o senhor João de forma desumana e depois de muito falar contra o senhor João e a igreja, liberou ambos.

Três Pontas

Já dentro do ônibus, de volta a Três Pontas, o pai de Jair perguntou a ele: e aí Jair, você gostou? Que vergonha você me fez passar! Nunca havia passado na porta de uma delegacia. E agora fui humilhado e desacatado. Você vai ou não vai deixar isso?

Jair então respondeu: Isso não pai. O que aconteceu comigo você não entende hoje, mas o senhor vai entender amanhã. Eu fui chamado por Deus, chamado para a salvação e chamado para pregar o evangelho. Aí começou uma guerra em casa. (Jesus disse que os principais adversários estão dentro da própria família).

O pai ficou muito revoltado com o que aconteceu e tentou de todas as formas afastar Jair do evangelho e da igreja. Mas a convicção que Jair tinha de seu chamado não deixou esmorecer nem se afastar de Cristo.

Voltando a Três Pontas e ainda sem ser batizado nas águas, já pregava, orava pelos enfermos e expulsava demônios. Surgiu a oportunidade de ir à Três Corações (MG) onde o missionário José Roberto de Oliveira o batizou nas águas. Em seguida ambos vão a Belo Horizonte (MG) e Jair é apresentado ao missionário Doriel de Oliveira. Nesse primeiro encontro foi ao apartamento dele e participou de uma vigília, ocasião em que foi batizado com o Espírito Santo. Desde então o Senhor uniu Jair de Oliveira ao então missionário Doriel de uma forma muito grande com amor, carinho, respeito, admiração, pela pessoa do missionário Doriel no início do ano de 1970.

A pedido do missionário Doriel o então evangelista Wilson José Ribeiro, foi o discipulador do jovem Jair, que o levou para Vespasiano (MG), pois dirigia essa igreja e a igreja de Santa Luzia. Então enquanto o evangelista Wilson ficava em Santa Luzia, Jair ficava em Vespasiano, na grande BH.

Ainda em 1970, o evangelista Wilson vai para a Juiz de Fora (MG) para abrir a Casa da Bênção na cidade e Jair de Oliveira o acompanha. Três dias de oração para buscar de Deus direção para a igreja já implantada e consolidada e seis meses depois Deus dá uma revelação sobre a cidade de Conselheiro Lafaiete (MG). O irmão Geraldo de Sousa foi arrebatado durante uma reunião de Oração e foi levado por um anjo até a cidade de Conselheiro Lafaiete, e lá mostrou o então diácono Jair no centro da cidade e este anjo disse que essa cidade seria entregue na mão do diácono após a sua unção em Brasília. No mesmo ano, na primeira Convenção sediada em Brasília, na vila Dimas Jair foi ungido Evangelista, daí partiu para Conselheiro Lafaiete.

Essa foi a primeira experiência solo do evangelista Jair de Oliveira, separado do missionário João Batista e do evangelista Wilson. Com dezoito anos, abriu a igreja em Conselheiro Lafaiete. A cidade foi sacudida pelo poder de Deus, houve cura divina, milagres libertação. Mas lá também houve perseguição. Numa tarde de domingo, ao final da reunião uma viatura de polícia o levou preso, mesmo com a multidão cercando a viatura. Passou a noite numa cela, cercado por bêbados, num ambiente degradante. Foi maltratado e humilhado pelo delegado. Um obreiro que o acompanhava foi espancado. O delegado ordenou para que Jair saísse da cidade, mas confiando na promessa que Deus lhe havia feito, resistiu e permaneceu e a igreja cresceu ainda mais. Em Lafaiete, Jair permaneceu por dois anos onde comprou o terreno e construiu uma igreja.

No dia que Jair foi preso, a jovem Maria das Graças Diniz de Oliveira começava a visitar a igreja e no dia após sua prisão, ela levou até a delegacia uma marmita para Jair se alimentar.

No ano de 1972, Jair é enviado para São João Del Rei (MG). Também a cidade foi abalada pelo poder de Deus. Assim que comprou o terreno e começou a construir, havia centenas de membros, o missionário Doriel convocou pastor Jair para ir para Governador Valadares (MG).

Em Governador Valadares começa a igreja do nada. Deus deu graça e foi plantada a semente daquilo que é hoje a igreja no Vale do Rio Doce e região leste mineiro, com mais de 200 igrejas.

Depois de nove meses, a igreja crescendo geometricamente em Governador Valadares, abalando a região, o missionário Doriel, chama Jair e diz: “Tenho uma palavra de Deus para você”. Como servo obediente, ouviu as palavras do missionário, pois cria na instrumentalidade de Deus na vida do missionário Doriel. E dessa vez foi enviado para abrir a igreja de Goiânia. Como ainda era solteiro, isso facilitava esse despojamento para fazer a obra.

Mais esse desafio foi colocado a frente de Jair e a igreja foi aberta em Goiânia, na avenida Goiás, 1701. Assim como aconteceu anteriormente milhares de pessoas impactadas pelo poder de Deus. Muitos dos que hoje são pastores, missionários, líderes e superintendentes se converteram ali. Um ano depois Jair é direcionado para a região Nordeste.

Em nenhum dos nove estados do Nordeste havia a Casa da Benção e em 1976, Jair de Oliveira e Jaime Caieiro são designados para lá. Lá permaneceu durante 13 anos onde foram plantadas igrejas em todos os estados. Hoje existem centenas e centenas de igrejas na região. Só em Pernambuco campo que era de responsabilidade do missionário Jair, eram mais de quarenta igrejas.

Depois de dois dias de jejum e orando ao Senhor, veio a orientação e o missionário Jair de Oliveira foi para ao estado do Espírito Santo, para mais uma vez começar a igreja em uma outra cidade e estado. Esse ano a igreja completará 30 anos no Espirito Santo, com quase 50 igrejas. Em diversas cidades.

Hoje o missionário Jair de Oliveira tem um novo desafio. A responsabilidade ainda maior com a partida do apóstolo Doriel, pai na fé da Igreja Casa da Bênção. A de levar a frente o legado deixado pelo apóstolo.

 

Segue abaixo mais um capítulo dessa história de paixão pelas almas.

Depois de treze anos em Recife, expandindo a obra por todo nordeste, em determinado dia, o missionário Jair de Oliveira narra que tirou dois dias e duas noites de jejum e oração, não que estive vivendo um grande problema, mas seu intuito e objetivo era o de buscar a Deus por uma renovação, um refrigério para alma, como fazem todos os pastores, ou pelo menos deveriam fazer. No segundo dia de seu propósito de oração, Jair de Oliveira começou a sentir que o Senhor falava com ele de uma forma diferente, de maneira mais íntima, muito pessoal e isso prendeu sua atenção. Então ele ouviu claramente a voz de Deus dizendo que era tempo de deixar Pernambuco. No mesmo instante em que o Senhor falava isso, surgiu a figura e o nome do estado do Espírito Santo; e o missionário Jair imediatamente começou a sentir amor e paixão por aquele estado. Ele sabia, se sentia incomodado, sua alma ardia, pois era uma determinação Deus.

Jair compartilhou com sua esposa, Graça Oliveira, o que Deus havia falado. Sem toscanejar, sabiamente a missionária Graça chamou um grupo de irmãs para orar e jejuar com ela por três dias, buscado a confirmação de Deus. Pois essa era uma decisão difícil. Os missionários Jair e Graça, trabalharam por treze anos em Pernambuco. O Senhor os ajudou e juntos construíram uma grande sede no bairro dos Afogados (que continua sendo a sede da região). Naquela ocasião o campo o qual o missionário Jair era o superintendente contava com 30 igrejas, ou seja, se decidisse ir, teria que abrir mão de todas essas conquistas e começar do nada. Mas como ele sempre creu, a resposta certa vinha de Deus.

A confirmação

Diante da convicção de que tinha ouvido a voz de Deus e da inquietação em seu coração, Jair pediu alguns sinais para o Senhor, assim como Gideão havia pedido  (Juízes: 6: 36 ao 40). Diante de uma decisão tão complexa, da fragilidade e pequenez do ser humano a confirmação teria que vir por meio de um sinal divino.

Os dois primeiros sinais se confirmaram, mas o missionário Jair de Oliveira pediu um terceiro sinal para que o Senhor confirmasse sua saída de Pernambuco, e esse sinal margeou o inimaginável. Ele possuía uma casa em Recife muito grande e naquela época, devido os altos índices de inflação e uma crise financeira que o Brasil atravessava, não se comprava nem tão pouco se vendia imóveis. Quem tinha recurso, aplicava na overnight, aplicação financeira que protegia a economia da desvalorização diária e desenfreada e  que rendia de 30% a 40% ao mês. Se esse sinal se cumprisse seria a prova cabal de que Deus realmente mandaria aquele casal para outro estado brasileiro. Depois de orar, colocou a casa a venda, até aí nada de mais, porém o valor exigido pela venda do imóvel  era muito acima do valor praticado pelo mercado. E para ser mais severo com o desafio,  o pagamento tinha que ser à vista. Colocando essas condições, Jair acreditou que ninguém apareceria.

Poucos dias depois apareceu um senhor, que olhou a casa, elogiou, ficou encantado, perguntou o valor e sem titubear exclamou: É minha! O missionário Jair tentou ainda esboçar uma reação dizendo: Eu não parcelo.  O senhor pouco se importou com o que acabara de ouvir e disse: Eu quero comprar e pagar à vista.  O terceiro sinal foi dado, agora não havia mais retorno. O estado do Espírito Santo era o destino do missionário Jair e sua família.

A primeira vez em Vitória

Convicto de que Deus o estava conduzindo para Vitória, capital do Espírito Santo, viajou para aquele lugar pela primeira vez no final do ano de 1986. Ainda dentro do avião recebe um ataque feroz do diabo, pois apesar de viajar constantemente de avião e nunca sentir medo, naquele momento, minutos antes da aterrissagem foi tomado de um grande pavor. Tinha a sensação que o avião ia explodir. Ele se agarrou a poltrona, clamava pelo Senhor e repreendia o ataque maligno. Satanás sabia quem era Jair de Oliveira, qual era e por que não dizer é a missão dele naquela cidade.

Ao desembarcar sozinho, sem conhecer ninguém, tomou um táxi e foi para o hotel São José, no centro de Vitória. Já no quarto, dobrou os joelhos e começou a orar. Aquele quarto do hotel se transformou num quarto de guerra, porque aconteceu ali uma verdadeira guerra espiritual. Jair não se recorda quanto tempo demorou seu clamor, mas só parou quando estava convicto que tinha tomado a chave do valente. No dia seguinte saiu para fazer contatos em Vitória.

O Senhor estava com ele, nenhum evangélico tinha programa de televisão, Jair de Oliveira rompeu uma barreira e conseguiu um contrato no SBT. Em seguida firmou contrato com emissoras de rádio. Vencida essa primeira etapa, o missionário voltou para Recife para gravar os programas de rádio e TV, enviar via aérea para Vitória para suas veiculações. Os programas foram exibidos por trinta dias, e de Recife monitorava telefonemas e correspondências que crescia vertiginosamente mostrando o tamanho da audiência.

A primeira igreja

Depois de sessenta dias que o programa estava no ar, o missionário Jair e uma equipe de pastores dentre eles o pastor Laurindo e o cantor Jorge Binah, fizeram o primeiro culto em Vitória com mais de 4.000 pessoas, no ginásio Saldanha da Gama. Toda a equipe que estava com o missionário Jair estava orando e jejuando e o jejum se prolongou até o final do culto. Aquela concentração foi o marco que iniciou a igreja no estado do Espírito Santo. Naquela tarde Jesus curou, libertou, fez muitos milagres visíveis, dezenas de endemoninhados foram libertos. O Senhor operou poderosamente sinais, prodígio e maravilhas naquela tarde, pela instrumentalidade do missionário Jair de Oliveira. Assim foi o primeiro encontro com a população capixaba.

Trinta dias depois da concentração no ginásio, o missionário Jair alugou um galpão em Vila Velha (município da grande Vitória). Demonstrando em sua fé, uma mistura de saudades e admiração, como se expressasse que para aquela etapa de sua vida ministerial, a missão foi cumprida, ele relembra do espaço que ficava na avenida Carlos Lindenberg, ao lado do Posto Sete. Se lembra dos poucos recursos e que no começo não tinha nem cadeiras ou bancos, mas a multidão tomava aquele lugar, porque Jesus operava sinais prodígios, Depois foi que vieram os móveis e um bom som.

A segunda igreja aberta foi na capital, em frente a rodoviária de Vitória, num salão que ficou famoso pelo que Deus operou ali. Era conhecido como o salão do “Chara Móveis”. Alusão a loja na parte térrea do prédio e a igreja ficava na sobreloja. Nesse salão os cultos eram realizados pela manhã, tarde e noite, pois não havia espaço para as multidões em um único turno. Mas Deus orientou o missionário e foi feita uma campanha financeira, levantou-se os recursos para a compra do terreno onde é a sede da Casa da Bênção, até hoje. E com um certo orgulho diz: “Construímos esse prédio em três meses no sistema de mutirão”.

A segunda igreja

A igreja avançou e foi construída a igreja de Vila Velha, na avenida Rui Braga Ribeiro, uma das principais da cidade. Esse terreno foi comprado e pago à vista. Uma área composta por três lotes. E esse é mais um trecho da história do missionário Jair de Oliveira que prende a nossa atenção. Ele já estava verificando esse terreno e revela que o missionário Palaroni fez em Vitória uma campanha de ‘Jeová Jiré’, e Deus o abençoou tanto que foi levantado os recursos necessários. O terreno foi comprado à vista e  hoje á a sub sede da igreja.

A partir daí a igreja foi avançando, a começar pela grande Vitória. O programa de TV, tinha uma grande audiência e anunciava as grandes cruzadas que se realizavam nas praças públicas. E compareciam de três mil a quatro mil pessoas; curas, milagres, libertação de endemoninhados em plena praça pública aconteciam .Jair de Oliveira declara: “O Senhor cooperou conosco de uma forma muito extraordinária. Por isso o trabalho impactou a cidade”.

A Política

O missionário Jair de Oliveira, depois de ver a consolidação da igreja no estado, entra para vida pública. Disputa a eleição para deputado estadual em 1990, e fica na primeira suplência, em 1992 é eleito vereador. Em 1994 concorre para a assembleia legislativa e permanece até 1998. Em 2002, concorre para deputado federal e é eleito.

A decisão

Pouco depois de assumir no Congresso Nacional, o chamado pastoral fez com que o missionário Jair tomasse uma das mais importantes decisões de sua vida que ele explica a seguir: “O que me motivou a entrar na vida pública é que eu percebia que além do aspecto espiritual, eu poderia ser útil no social, contribuindo com boas ideias para a sociedade. Mas depois de eleito e assumir meu cargo no Congresso Nacional, no segundo semestre do ano de minha posse, comecei a ter um conflito muito grande”. Esse conflito entre o chamado pastoral, sacerdotal para o ministério da palavra, colidia com a vida pública: “Eu sempre gostei da vida pública, sempre acompanhei a política nacional, o parlamento, executivo…,mas esse conflito crescia no meu coração, pois você só pode fazer bem uma coisa, quando há foco, dedicação exclusiva”. Ele sabia que esse compartilhamento, não o faria um bom parlamentar, nem um bom pastor. Era sabedor que um bom parlamentar tem que dominar a constituição, o regimento interno, e nas comissões teria que se dedicar, porque teria que relatar matérias importantes. E para ser parlamentar tem que estar focado, ser exclusivo.

A saída da vida pública

Os conflitos entre o deputado e o missionário Jair de Oliveira, o levaram a reflexões mais profundas, buscar a Deus por uma resposta. Se continuasse como deputado, sabia que teria que se focar no cargo. E como ministro do evangelho, especificamente no caso do missionário Jair, um pastor de pastores, um desbravador, por onde passou o Senhor havia aprovado seu trabalho, deixando marcas vitoriosas, relata como tomou uma difícil decisão: “Há pessoas dentro das nossas igrejas, vocacionadas para a vida pública. Porém o pastor de pastores, o pastor titular de uma instituição, de uma igreja local, tem uma função tão nobre que é incompatível com um cargo eletivo!” Essa convicção estava crescendo no coração do missionário Jair, a cada dia que passava, ele sentia que precisava tomar uma decisão. Depois de ter sido vereador, deputado estadual e então deputado federal, chegou a hora em que ele precisava optar, ser um parlamentar e seguir carreira política, com probabilidade de sucesso, ou renunciar a vida pública e abraçar o chamado, que é o mais precioso para o reino de Deus.

O pastorado é uma missão muito nobre, é um embaixador do céu na terra. Numa analogia com o sacrifício exigido por Deus a Abraão, chegou a hora que Jair teve que pôr o seu Isaque. O missionário detalha como foi esse momento tão delicado: “A vida pública para mim representava o meu Isaque porque eu gostava, mas havia a voz do Espírito no meu interior que me direcionava para ser exclusivo, era Deus me preparando para esse tempo que nós estamos vivendo hoje. Então decidi ficar com o que é mais precioso e deixei a vida pública”. Muitos não entenderam a decisão do deputado Jair; governadores, senadores, deputados amigos diziam: “Jair que loucura? Você tem tudo para ser reeleito!” Sim, a probabilidade dele ser reeleito era muito grande, porque base para isso ele tinha construído, mas a sua decisão foi acertada: “O chamado de Deus falou mais alto e estou muito feliz pela decisão que tomei”.

Neste ano (2017) a Casa da Bênção completa 30 anos no estado do Espírito Santo. A trezentos metros da igreja sede, foi construído um centro de convenções com capacidade para 2.500 pessoas. A igreja continua marchando, caminhando para que o reino de Deus cresça. E o missionário Jair que assumiu a presidência da Casa da Bênção, com a ausência definitiva do fundador, apóstolo Doriel faz a seguinte conjectura: “Infelizmente fomos surpreendidos com a partida do apóstolo Doriel, e eu na condição de primeiro vice-presidente, ascendi ao cargo de presidente da Casa da Bênção, pela graça de Deus e pelo amor, bondade e consideração dos meus irmãos. Estamos juntos para levarmos o legado do apóstolo, para cumprir o nosso chamado e executar a obra do Senhor”.